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Escritório de Família: Profissionalismo e sucessão

Todos os principais desafios que um escritório de família enfrenta no mercado contábil

É muito comum no mercado contábil encontrar escritórios onde alguns membros da família são os responsáveis. De acordo com IBGE, no Brasil, mais de 90% das empresas são familiares (no geral).

Sabe aquela famosa frase popular que diz: “trabalhar em família é complicado”? Em muitos casos, realmente é “complicado”, mas como em muitas questões empresariais, nada melhor do que bons processos e cultura organizacional para “organizar a casa”.

Alguns desafios são únicos em empresas familiares, por exemplo, a falta de profissionalismo ocasionada pela não separação dos assuntos pessoais e profissionais.

Vamos abordar no artigo alguns assuntos delicados relacionados a negócios familiares na contabilidade.

Profissionalismo

Um dos principais motivos da falta de profissionalismo em empresas familiares, é ocasionado pela falta de conhecimento básico dos sócios e gestores. Muito das vezes não há pré-requisito para alguém da família assumir cargos importantes.

Investir na capacitação e experiência de algum familiar que precisa assumir um posto de gerência, é importantíssimo, afinal, você colocaria o seu estagiário para ser o seu gestor hoje? É a mesma situação (ou até pior em alguns casos)

A questão do nepotismo é muito séria. Se as funções designadas para os seus familiares não podem ser correspondidas com a devida competência, mude o mais rápido possível. 

O fundador do negócio contábil precisa ter em mente que é preciso ter uma distribuição de funções e não o acúmulo. Geralmente, contratar um familiar é menos burocrático e mais cômodo para que o empreendedor contábil que gosta de centralizar funções cai nessa armadilha.

Por mais que não haja condições financeiras para a contratação de colaboradores, um plano de curto e médio prazo precisa ser desenvolvido para o desenvolvimento do negócio.

Sucessão

A sucessão é uma assunto delicado. Não vamos entrar em detalhes de quando há uma disputa interna na família, vamos focar na gestão profissional.

Toda empresa contábil precisa de uma cultura organizacional pré-estabelecida, onde bem estar dos colaboradores e clientes precisam estar no centro do desenvolvimento. Antes mesmo de pensar na sucessão, pense no desenvolvimento da sua cultura organizacional e posicionamento de marca.

Com todas as suas culturas de relacionamento estabelecidas, agora sim chegou a hora de pensar nessa transição. Segundo um estudo feito pela PwC, somente 11% das empresas no Brasil, possuem um plano de sucessão documentado.

Um ponto comum em muitos escritórios é o envolvimento do empresário contábil em momentos de muitas demandas, por exemplo no período da entrega do Imposto de Renda ou em prazos apertados de obrigação fiscal.

Pelo fato da proximidade com o cliente, o entendimento dos detalhes de cada situação acaba sendo maior no caso do empresário contábil. Essa percepção precisa ser compartilhada com o sucessor e em alguns casos com determinados colaboradores.

A descentralização da rotina operacional precisa acontecer, já que o futuro do negócio envolve a gestão da equipe, melhorias tecnológicas  e estratégias comerciais.

Definir processos de implementação para o novo sucessor ajudará bastante no período de adaptação. Faça a divisão em algumas fases, por exemplo:

1) Relacionamento com o cliente

2) Equipe

3) Capacitação técnica

4) Visão estratégica

5) Pendências do passado que precisam ser resolvidas

6) Inovação

Afinal, uma nova sucessão precisa estar atrelada a melhorias e novidades produtivas para o negócio. Um novo olhar sobre a empresa é fundamental para a evolução do negócio.

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